sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Reflexões sobre individualismo

Não sei se já postei sobre isso, mas enfim... é complicado o que ouço algumas vezes, de dar um rumo a vida, tomar decisões importantes como onde vai morar, que faculdade vai fazer, a postura diante das pessoas e situações. Penso que a nossa mente é um gerador aleatório infinito de idéias, conceitos, julgamentos, etc. E a dimensão temporal só entra pra embananar mais ainda as coisas. Um dia você tá de um jeito, no outro dia tá melhor, no terceiro volta uma nóia pior do que a do primeiro... É muito dinâmico, muito rápido. Quem sabe não é um sintoma do homem moderno, inserido na sociedade da informação, onde tudo é muito rápido e as certezas são muitas, assim como as angústias e o stress. Acho que é por isso que eu me sinto atraído cada vez mais pela natureza, por uma semi-reclusão (ou uma reclusão em grupo), afastamento da maioria das caracteristicas das organizações sociais, sejam elas qual forem (igreja, partidos políticos, faculdades, sindicatos, etc.). Quem sabe o que alguns possam entender como frieza ou individualismo não sejam apenas a busca de uma afirmação individual da essencia do ser humano, de se libertar um pouco das influências externas (não julgando-as nocivas) e tentar chegar a suas próprias conclusões, valores, sentimentos. Penso em tentar olhar as pessoas, as coisas e todo o resto sem o suposto viés social e cultural, tentando observar que princípios e valores permeiam cada suposição ou raciocínio elaborada pela consciência humana e como esta é influenciada pelo todo.

Acho que na verdade todo esse pensamento é motivado por um sentimento fortíssimo de descrença na sociedade e nas suas relações internas e externas. Enfim, vou comprar uma cerveja...

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